Escrito por Maya Santos
Com a pretensão de encontrar uma oportunidade de emprego ideal, as redes sociais, em especial, o LinkedIn, tornou-se o principal aplicativo para busca. Em 2023, segundo o site DataReportal, a rede registrou mais de 900 milhões de usuários no mundo, sendo mais de 59 milhões ativos somente no Brasil. Os dados colocam o país na quarta colocação no ranking de uso do app, ficando atrás da China, dos Estados Unidos e da Índia.
Além do Linkedin, outras redes sociais são utilizadas pelos brasileiros para buscar vagas de emprego. Esse hábito é um reflexo das novas formas de relações com o ambiente digital durante o período pandêmico e que se mantém pós-pandemia. Para a Tereza Oliveira, Desenvolvedora de Software e Especialista em Empregabilidade, na visão dos recrutadores, essa é uma estratégia para se manter à vista.
“O LinkedIn é uma ferramenta muito usada no contexto do mercado de trabalho, mas também como uma forma de se mostrar de maneira positiva, de ficar por dentro das novidades do mercado e na área da tecnologia é a principal ferramenta para recrutamento”, disse a coordenadora da organização social Café & Tech.
Ao observar o movimento de recrutamento, Tereza explica que o mercado digital é o que oferece mais oportunidades e quem demarca sua presença de forma otimizada na rede. “Os recrutadores de maneira geral utilizam o LinkedIn para ter mais acesso a essas pessoas e observando também que na área da tecnologia é muito comum pessoas que fizeram o processo seletivo e não passaram naquele momento ficarem no radar de recrutadores”.
Com o crescimento da possibilidade de atuar em um mercado promissor e com boa remuneração, o setor tecnológico ainda atribui outro atrativo, que é trabalhar de forma remota. Pelo menos é o que afirma um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que demonstra por volta de 20,5 milhões de pessoas em ocupações com potencial de serem executadas remotamente.
“A busca, principalmente por empresas para trabalhar no formato remoto, tende a utilizar mais o LinkedIn para saber se as pessoas estão postando seus projetos e se qualificando, fazendo mais cursos, compartilhando mais conhecimentos gerais”.
A especialista também reforça que ao utilizar essa rede, os profissionais de forma geral ficam com acesso mais facilitado a possíveis contratações, pois uma vez na rede, os candidatos participam das seleções e criam uma rede de comunicação direta com os recrutadores. Com a atualização da rede, esses candidatos em potencial, que disseram fazer parte de seletivas, podem ser contatados pelos recrutadores.
Apesar de não considerar outras redes sociais apropriadas para relacionamento profissional, Tereza recomenda seguir os perfis das empresas que o candidato tem na mira em outras plataformas. Ali é a oportunidade de conhecer melhor a empresa e acompanhar as ações promovidas. No entanto, reitera que seguir o LinkedIn e utilizar com estratégia e frequência é o caminho ideal.
Em uma lista, Tereza Oliveira relacionou orientações que podem potencializar o uso do LinkedIn. Confira!
Perfil:
Fazer uma boa apresentação sobre você.
Conselho: “Use até mesmo o Chat GPT para auxiliar na elaboração de uma boa apresentação concisa, porém informativa e detalhada abordando aprendizados, funções desempenhada e valor no mercado em que atua.”
Criar uma rede de contatos com as recomendações sugeridas pela plataforma, seja do trabalho atual ou de trabalhos anteriores;
Seguir recrutadores e empresas que você tem interesse em trabalhar.
Postagens autorais:
Evitar postagens com linguagem informal demais;
Se mostrar em fotos ou vídeos de forma humana com verdade, mas bom senso;
É interessante descrever bem a sua vivência profissional e aprendizados acadêmicos;
Falar sobre participações em eventos da área de atuação.
Compartilhamentos:
Compartilhar assuntos e notícias importantes da sua área de atuação;
Fazer comentários sobre sua área, no entanto com cuidado aos argumentos e linguagem;
Ter interações que atraiam público para seu perfil através dos comentários em outras redes maiores e até mesmo na mensagem direta. Isso tudo com estratégia e demonstrado uma postura mais ativa!
Mas, o que não devemos fazer de forma alguma? Em resposta, a especialista em empregabilidade Tereza Oliveira destaca que “definitivamente o LinkedIn não é uma rede social de paquera” e que muitas pessoas ainda confundem os objetivos da rede social.
Por isso, a recomendação é evitar qualquer tipo de assédio, assim como ofensas às pessoas. “Por mais que seja uma coisa óbvia, é importante dizer as nossas opiniões com cuidado, pois estamos trabalhando com o texto e o texto e pode ter várias interpretações”, finaliza.
Aprendeu como utilizar as redes sociais para encontrar sua vaga dos sonhos? Então, coloque as dicas em prática e compartilhe esse artigo nas suas redes.
Boa sorte!
Leia também
→ Dia da Mídia Social: saiba tudo sobre a ferramenta do momento
→ Conheça mulheres negras que revolucionaram a tecnologia
Comentários