5 livros distópicos que você precisa ler hoje!

Em todo 14 de julho é comemorado mundialmente o Dia da Liberdade de Pensamento. A data faz alusão à liberdade que foi instituída em dois momentos históricos. O primeiro foi na definição da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão pela Assembleia Nacional Constituinte da França em agosto de 1789. Esse documento serviu de base para que a Organização das Nações Unidas elaborasse em 1948 a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

 

A ONU instituiu que todos têm “direito à liberdade de pensamento, consciência e religião [...]”. Além disso,todos os seres humanos também têm “direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferências, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras”. Essas informações encontram-se nos artigos XVII E XIX da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

 

No entanto, seja na vida real ou na ficção, nem sempre as coisas foram assim. Exemplos históricos recentes mostram a força de governos ditatoriais ou totalitários, onde a liberdade de pensamento não é respeitada. Na literatura, os livros de distopia se destacam por serem situados em cenários imaginários de extrema opressão, privação e desespero. Esses textos, muito mais que pura ficção, provocam discussões e reflexões sobre o mundo atual e o que pode ser enfrentado no futuro.

 

Quer conhecer mais desse universo? Separamos 5 importantes romances distópicos que te farão refletir sobre o direito à liberdade de pensamento. Confira!

 

Um clássico literário moderno, 1984 é o livro de George Orwell que nunca perde sua importância. O autor escreve sobre a história de Winston, um personagem restrito a uma sociedade totalitária fictícia do superestado da Oceania. O protagonista, entre outras coisas, trabalha com a falsificação de registros históricos. Obrigado a ser submisso ao poder, ele questiona a opressão vivida por conta do Partido e do Grande Irmão que utilizam diferentes mecanismos para restringir a liberdade de pensamento. 1984 se baseia nos regimes totalitários das décadas de 1930 e 1940.

 

 

Você já imaginou um mundo sem livros? Em Fahrenheit 451 toda sociedade é proibida de ter livros ou fazer qualquer tipo de leitura. O medo do governo é que o hábito da leitura leve ao empoderamento intelectual e que haja uma rebelião contra o status quo. O protagonista é Guy Montag, um bombeiro que trabalha queimando livros. O título faz referência a temperatura usada pelos profissionais para queimar obras literárias. Apesar de ter sido lançado pouco depois do fim da Segunda Guerra Mundial, Fahrenheit 451 continua dialogando com as problemáticas do mundo atual.

 

 

O russo Isaac Asimov escreveu inicialmente os nove contos presentes no livro Eu, Rôbo para publicação em revistas. Em 1950, as narrativas foram compiladas e publicadas pela Gnome Press. Todas as histórias são baseadas nas três leis da robótica, um conceito criado pelo autor. Ao longo dos textos ele trata da evolução dos robôs, partindo de um robô babá até uma sociedade onde há a suspeita de um governo liderado por um robô disfarçado. O livro inspirou o filme de mesmo título protagonizado por Will Smith lançado em 2004.

 

Em O conto da Aia Margaret Atwood escreve sobre um totalitarismo cristão. A sociedade foi tomada por um grupo extremista cristão que mata seus governantes, extingue o direito das mulheres e as divide entre férteis e inférteis. As férteis são separadas para uma vez por mês serem estupradas pelos líderes e existem para esse único objetivo, trazer novas vidas ao país. A história voltou a lista dos best-sellers em 2016. Atualmente com a segunda temporada finalizada, The Handmaid's Tale, série televisiva do serviço de streaming Hulu, é baseada no romance de Atwood e conquista a atenção de diversos espectadores.

 

 

A trilogia Jogos Vorazes conquistou uma geração de jovens com a sua narrativa. Em Panem, a estrutura social está dividida entre os distritos e a capital que detém o poder. Jogos Vorazes traz Katniss Everdeen enfrentando o desafio que é representar o seu distrito na arena dos Jogos Vorazes, onde o único destino é morrer ou ser o último a sobreviver para sair de lá. Katniss faz parte do distrito 12, o mais pobre de Panem, e precisará lutar não só contra os seus adversários, mas também contra o sistema.