Clicky

Selecione a cidade
4020-9734

Notícias › Educação


UNAMA oferece acompanhamento psicológico para vítimas de violência

O grupo é desenvolvido por alunos e professores do curso, na Clínica de Psicologia da UNAMA
Assessoria de Comunicação Por: Alessandra Fonseca 06/04/2018 - 16:04
Imagem mostra mulher no divã
As reuniões ocorrem toda terça a quinta, a partir das 16h30
O curso de Psicologia da Universidade da Amazônia (UNAMA), por meio da Clínica de Psicologia (CLIPSI), oferece, gratuitamente, grupos de apoio de acompanhamento psicológico para vítimas de violência. Os casos são atendidos por meio de agendamento prévio na recepção da clínica, no campus Alcindo Cacela, localizado no bairro do Umarizal. As reuniões ocorrem toda terça a quinta, a partir das 16h30, no mesmo local. Todas as informações podem ser consultadas pelo telefone 4009-3012. 
 
De acordo com a professora e responsável pelo projeto, Bárbara Sordi, as questões que envolvem pessoas em situação de violência de gênero se tornavam cada vez mais presentes, conforme análises feitas pela Clínica de Psicologia da Universidade. “Verificarmos as redes de serviço e constatamos a necessidade presente de locais que ofertassem atendimentos grupais para a população, tanto na esfera da violência doméstica, como na questão da diversidade sexual", afirmou. 
 
Ainda segundo ela, o projeto é resultado de um processo de observação. "Inicialmente, começamos com grupo de estudos ofertados para os alunos que pautam sobre relações de gênero e violência, depois percebemos a importância de avançarmos para um espaço terapêutico de vivências e escuta, em que as pessoas em situação de violência pudessem ter amparo, acolhimento e um local para sororidade e reflexão sobre essas temáticas que circulam em suas vidas, a fim de possibilitar ferramentas para enfrentamento/protagonismo e, possíveis mudanças de posição subjetivas”, explicou.
 
Os grupos também encontram diversos outros casos de violência psicológica, como a patrimonial, sexual e física, de acordo com a professora. “Devido a estas demandas, também acompanhamos casos com a população Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros, pessoas vítimas de homo e transfobia, que afetam as várias áreas de sua vida, inclusive, a garantia de direitos básicos. Todos estes casos podem levar a depressão, suicídio, ataque de pânico, bem como inibição e até mesmo medo de sair na rua. Muitas se sentem solitárias, com vergonha, vítimas de preconceito e sem amparo do grupo familiar ou de amigos”, falou.
 
A professora faz um alerta e conta que em Belém, no primeiro semestre de 2017, somente entre as mulheres, houve três mil casos de violência registrados em delegacias especializadas. “Precisamos ressaltar o número de notificações que não ocorrem: muitas sentem vergonha, são incentivadas a não realizar denúncias, tem medo, vergonha, além de sabermos que outras instituições, por não estarem preparadas para o atendimento, contribuem para as subnotificações de registros”, afirmou.
 
Os interessados devem ir a CLIPSI, localizada no primeiro andar do Bloco F, onde irão preencher uma ficha de inscrição. A partir disso, a clínica entra em contato com as pessoas inscritas e agendam o dia e horário do encontro garantindo o sigilo de todos os que procuram pelo grupo. “Somente em casos em que a vida do cliente ou de terceiros esteja sobre real ameaça que precisamos comunicar parentes ou órgãos responsáveis, deixando cientes os envolvidos. Fora este fato, fazemos orientações de acordo com cada caso e sua particularidade, ressaltando a importância daquele espaço como um lugar de confiança, acolhimento e atendimento terapêutico. Atualmente estamos com parcerias com o curso de Direito, para esclarecimento de dúvidas jurídicas e processuais, também temos informado as demais redes de serviço público para eventuais demandas”, disse a professora Bárbara.

Comentários