Por Rayanne Bulhões
No estacionamento da UNAMA - Universidade da Amazônia, campus Alcindo Cacela, foi ativado o projeto Coleta Seletiva Remunerada. Pela proposta, coletores, recicladores, alunos, funcionários e visitantes podem trazer o material reciclável e trocar por pontos a serem usados - nesse primeiro momento - na lanchonete, no lava-jato e na feirinha da Andorinha na universidade, por exemplo. O primeiro ecoponto da UNAMA funciona todas às terças e quintas-feiras, das 8h às 18h.
A iniciativa integra o programa Rede Andurinha, que incentiva e pratica a economia solidária, e tem apoio do Mestrado Profissional em Gestão de Conhecimentos para o Desenvolvimento Socioambiental (PPGC-UNAMA) e da Associação dos Recicladores de Ananindeua. Uma moeda social está em fase de implementação para circular na Instituição e, futuramente - já com apoio de bancos -, comecem as parcerias com comércios locais ao redor da universidade.
A proposta, segundo o idealizador do projeto e coordenador do PPGC da UNAMA, João Claudio Arroyo, é promover o consumo sustentável e reunir a economia solidária. "Para uma mudança de comportamento, é preciso estabelecer vários estímulos. Então, além de focarmos no universitário - jovem e com acesso a informações de educação ambiental da reciclagem - também terá esta atitude remunerada. Nosso foco é alcançar um bom público dentro de um ano”, disse o gestor.
Fora a conscientização ambiental do gesto - tendo menos materiais indo parar em aterros, rios e córregos, gerando um impacto social e doenças - o projeto visa ampliar o acesso à economia circular solidária e aumentar a renda de diversos trabalhadores dessa rede. “Essa é uma iniciativa que todo mundo sai ganhando. O aumento da reciclagem e o fortalecimento da economia local estão no topo da importância dessa iniciativa", reforça.
Pará é o estado do Brasil que menos aproveita o lixo para a reciclagem. De acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), a reciclagem não chega a 0,5% do resíduo produzido. Daí a necessidade de se incentivar, criar mais ecopontos e promover um real impacto financeiro na vida de quem trabalha com a reciclagem, quem participa e quem ajuda a manter as parcerias, com as trocas. como destaca o secretário da Associação dos Recicladores de Ananindeua, Cláudio Barros. “A nossa proposta também é inserir mais parceiros no projeto para fortalecer essa cadeia solidária. Esses pontos ajudam a garantir alimentos, serviços e, talvez, cestas básicas em mercadinhos próximos. Mas, para isso, a sociedade precisa se envolver e ajudar", finaliza.
O que pode ser doado no ecoponto remunerado da UNAMA:
- Latas de alumínio;
- Papelão;
- Papel;
- Garrafas pets;
- Garrafas de vidro.
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