Escrito por Maya Santos
Com muita riqueza histórica, a acalorada cidade de Belém completa 408 anos. Entre as formas de celebrar, a gastronomia, musicalidade e a religiosidade local são responsáveis por construir a festa. Além disso, três pontos turísticos alicerçam a fundação da cidade de Belém, capital do Pará. E por trás de cada um deles, uma narrativa histórica é contada para os visitantes.
A festa, que é realizada nesta sexta-feira (12), começa com uma missão e, logo em seguida, parte para as falas políticas, os parabéns e a partida do bolo. Apesar deste momento, a festa repercute de forma diversa pela cidade. “Nós temos também uma celebração que é executada pela própria população, que acaba participando de diversos eventos em vários locais da cidade”, explica o professor de história Admarino de Matos Junior.
VOLTA NO TEMPO
Fundada em 1616, a cidade surgiu a partir da ocupação da foz do Rio Pará, da construção do Forte do Presépio e da primeira capela feita por Francisco Caldeira Castelo Branco e seus comandados. O principal objetivo era criar um sistema estratégico de expansão do império ibérico nas Américas.
De acordo com registros do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), essa ocupação, que é parte do processo colonizador, resultou na política econômica mercantilista praticada por Portugal e Espanha, desde o século XV. O Forte foi erguido na confluência do Rio Guamá com a Baía de Guarajá.
Na atualidade, algumas formas de celebração da data funcionam como um mecanismo educativo quanto à formação do território. “Temos a iniciativa de diversos professores, estudantes, fotógrafos e outros profissionais que realizam a Caminhada Histórica”, relata o professor. Durante o passeio, os visitantes podem conhecer os espaços históricos coloniais e também escutam uma narrativa atualizada sobre os processos de colonização. A exemplo temos o bairro da Cidade Velha.
Lugar onde os portugueses chegaram ainda para começar o processo de edificação e construção da praça das armas, em 1616. Ali existem patrimônios culturais que são símbolo dessa história colonial de Belém.
Apesar das marcas, a cidade fortalece sua identidade ribeirinha e indígena. “Temos uma expressão muito forte da gastronomia paraense com elementos muito fortes da própria floresta dos rios e também a musicalidade paraense no cenário local, regional e nacional. Esses símbolos são muito destacados dentro da celebração do aniversário de Belém”. Na terra do tacacá, carimbó, açaí e tantas outras delícias a cidade de Belém, do Pará, ganha mesmo é no amor que tem pelo lugar e que é bem representada pela população.
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