O protagonismo feminino, negro e nortista será tema de mesas-redondas na Universidade da Amazônia (UNAMA), na próxima quinta-feira (14), das 14h às 18h, no Auditório D-200, no Campus Alcindo Cacela. O evento tem como eixo principal a discussão sobre a reprodução do machismo e do racismo. A programação é gratuita e as inscrições podem ser feitas no dia do evento.
A temática já faz parte de grupo de estudo do curso de Psicologia da UNAMA, chamado “Feminismo Negro: a voz que querem calar”. Para a idealizadora do projeto e coordenadora da graduação, a psicóloga Ingrid Martins, o tema vem para reforçar a luta e a resistência, além de fomentar a discussão. “Até hoje, nós reproduzimos as marcas da escravidão. Ainda que tenhamos 130 anos de ‘abolição’, ser mulher negra e pobre na sociedade demanda coragem para enfrentar todos esses desafios sem adoecer mentalmente ou ser morta”, disse.
Segundo o Atlas da Violência de 2018, realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), um negro tem 2,5 vezes mais chance de ser morto de forma violenta e intencional. Segundo a coordenadora do grupo de pesquisa, as mulheres negras ainda são as maiores vítimas de assassinato. “Uma mulher negra além de trazer consigo essa marca de gênero, carrega o racismo literalmente em seu corpo. São corpos que possuem todo um contexto colonial voltado para o sexo, “subalternos” ao poder, que não ocupa um lugar de escolha ou fala”, ressalta.
O evento é o organizado e protagonizado por mulheres negras que participam do grupo de estudo. Qualquer pessoa que se interessar pela temática pode frequentar as reuniões. “O acesso aos nossos trabalhos é livre para todas as instituições. Qualquer pessoa que se predisponha a dialogar conosco será bem-vinda. Não temos distinção ou preferência de gênero”, finaliza a psicóloga.
Serviço:
Mesas-Redondas: Protagonismo feminino, negro e nortista
Data: Quinta-feira, 14 de junho de 2018
Hora: A partir das 14h
Local: Auditório D-200, na UNAMA Campus Alcindo Cacela
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