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Notícias › Resposabilidade Social


"Degenerado Tibira" é exposto em galeria da UNAMA

O público pode visitar a mostra até o dia 26 de abril, da 14h às 20h, no campus Alcindo Cacela, com entrada gratuita
Assessoria de Comunicação Por: 19/03/2024 - 14:33
Por Rayanne Bulhões
 
Está em exibição na UNAMA - Universidade da Amazônia, na Galeria de Arte Graça Landeira do Museu de Arte UNAMA, a exposição "Degenerado Tibira: O Desbatismo". A mostra traz reflexões de re-existências LGBTQIA+ por meio de 30 obras performáticas assinadas por artistas do Norte, Nordeste e América Latina. O público pode visitá-la até o dia 26 de abril, das 14h às 20h, com entrada gratuita.
 
A produção tem inspiração no Tibira do Maranhão, pertencente ao povo Tupinambá, personagem da história não oficial brasileira, documentado como primeiro assassinato por LGBTFobia do Brasil, no século XVII. Tibira passou pelo crime de sodomia, com a justificativa de purificar a terra das maldades. Mesmo antes da morte, timbira foi batizado pelos frades francesas da ordem dos Capuchinhos, forçadamente, e morto com uma bala de canhão. Para os autores do projeto, essa história é um símbolo da violência e discriminação histórica com as pessoas LGBTQIA+ e povos indígenas durante o Brasil colonial.
 
Uma das artistas convidadas para o projeto é a Rafaela Moreira. Ela trouxe as obras "Uiaras defendendo o paraíso (2019)", da Coleção Amazoniana de Arte da UFPA, parceira do projeto. "As coleções narram imageticamente os contextos históricos, com  perspectiva de uma travesti na Amazônia urbana de Belém. A proposta da mostra é romper a morte e o silenciamento impostos aos corpos LGBTQIA+ pelos dogmas conservadores, que afasta a salvação e também exclui e silencia esses corpos", reforçou a artista.
 
A mostra faz parte da retomada dos editais para a utilização dos espaços de arte da UNAMA e tem como parceiros o curso de Artes Visuais do programa de Pós-Graduação em Comunicação, Linguagens e Cultura (PPGCLC) e do Museu de Arte UNAMA e apoio dos acadêmicos e professores do campus Alcindo Cacela. "Para nós, é de suma importância a retomada de exposições externas à UNAMA, de fomento à arte e a cultura do Estado. É a Instituição no centro dos grandes projetos artísticos, dando voz às produções da Amazônia", disse a coordenadora do curso de Artes Visuais da UNAMA, Ana Isabel Santos.
 

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