Desde os tempos bíblicos até os dias atuais, os judeus têm sido agentes de mudança e progresso em diversas esferas da sociedade. Suas contribuições abrangem desde avanços científicos e médicos, até conquistas artísticas e literárias, refletindo um compromisso com o conhecimento, a ética e a justiça.
A história da imigração judaica é um capítulo fascinante e multifacetado na história da humanidade. Marcada por períodos de exílio, perseguição e busca por refúgio, a diáspora judaica ao longo dos séculos espalhou-se por todo o mundo, trazendo também consigo uma riqueza cultural e intelectual inestimável.
De acordo com o professor de história Walter Milkbar, as diásporas judaicas ocorrem desde o século 18 antes de Cristo, mas é no período medieval e moderno que elas ganham novos traços e aumentam de intensidade, culminando na perseguição nazista no século XX.
“A relação dos judeus com o Brasil começa antes de 1500, quando em 1492, os reis católicos da Espanha expulsaram os judeus dos seus domínios, fazendo muitos deles buscarem refúgio em Portugal, levando consigo dinheiro, conhecimento e experiências”, explica Walter.
No século 16, com a chegada dos portugueses e a necessidade de colonizar o Brasil, o judeus, segundo o docente, viram no “novo mundo” a chance de uma nova vida longe das garras do Santo Ofício, uma vez que na América a presença da Inquisição era menos intensa que na Europa.
“Já no século 17, a ocupação holandesa e a consequente liberdade religiosa possibilitaram o estabelecimento de uma comunidade mais coesa e que professava sua fé abertamente”, explana o docente.
No Brasil, segundo Walter, a situação da comunidade judaica chegou a ser mais tranquila e estável do que em países que desenvolveram um forte sentimento antissemita, como a Alemanha, Áustria, França, Espanha e Portugal, por exemplo. “A Diáspora chega ao fim após a criação do Estado de Israel, em 1947”, conclui.
Comentários