Os desafios e oportunidades do comércio e investimento foram debatidos durante o segundo dia da V Conferência sobre Relações Exteriores, realizada no campus Ananindeua, da Universidade da Amazônia (UNAMA), nesta quinta-feira (10). A conferência iniciou com a mediação da professora do curso de Relações Internacionais da UNAMA, Mayane Bento.
“Ainda há muito que fazer ao que se refere aos acordos comerciais extra regionais”, disse a conselheira Paula Barbosa, Chefe da Divisão de Negociações Comerciais coma Europa e a América do Norte, do Ministério das Relações Exteriores. Um dos desafios para o Brasil, de acordo com ela, é se engajar mais sobre os assuntos tratados nos acordos comerciais, já que 65% do comércio mundial seguem normas e regras de acordos comerciais, ainda segundo a conselheira.
Seguindo as discussões, o professor e assessor especial da Presidência Apex-Brasil, José Guilhon de Albuquerque aprofundou o tema contextualizado com a crise econômica atual. “O Comércio é visto, de uma maneira errada, como independente das importações. Mas na verdade, os dois fatores andam sempre juntos, as grandes economias se baseiam dessa maneira. O Brasil é uma peculiaridade. É um grande exportador, mas tem uma participação muito pequena no comércio exterior. É preciso pensar em como tirar proveito das exportações de negócio”, afirmou o professor.
A palestra também contou com a participação da professora Patrícia Nasser, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da professora Maria Antonieta Lins, da Universidade da São Paulo (USP).
O “Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente – a importância da Amazônia” foi o tema seguinte da programação, que contou com a participação do professor Matheus Hoffmann, da Universidade de Federal de Goiás (UFG). O mediador da mesa, professor da UNAMA Mário Amin Herreros destacou a importância de se discutir a importância da Amazônia a partir da pergunta “o que fazer para o futuro do planeta?”. Ele também falou sobre estudos que mostram que a Amazônia é essencial para o equilíbrio ambiental do planeta. “Segundo artigos da Nasa, as queimadas na Amazônia podem ter influência direta com furacões na Califórnia, como o Katrina, por exemplo”, afirmou Mário Amin.
O conselheiro Paulo José Chiarelli Vicente de Azevedo, assessor do departamento de Meio Ambiente e Temas Especiais, do Ministério das Relações Exteriores fez uma breve contextualização histórica sobre a questão ambiental e fechou a programação do pinel quatro de debate. “Sem a Amazônia nós não somos ninguém. É uma região de estudo para o mundo inteiro e a diversidade do lugar muda a visão de qualquer pessoa”, concluiu.
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