
Por Quezia Dias
A depressão é um dos transtornos que mais crescem mundialmente, impactando não apenas os seres humanos, mas também os animais de estimação. Esses, por sua vez, podem manifestar sintomas semelhantes aos das pessoas. Fatores como mudanças na rotina, perda de um membro da família, períodos prolongados de solidão e doenças crônicas estão entre os principais desencadeadores desses problemas nos pets.
Os tutores precisam observar sinais como alterações no humor, redução do apetite e desinteresse em brincadeiras. De acordo com Pedro Barrozo, coordenador do curso de Medicina Veterinária da UNAMA - Universidade da Amazônia, casos de transtornos em animais precisam ser observados pelo tutor, pois trata-se de seres vivos que não conseguem falar o que sentem. A evolução da ansiedade e depressão não apenas compromete a qualidade de vida dos pets, mas também interfere diretamente na dinâmica familiar. Além disso, pode provocar problemas físicos se não for tratada de maneira adequada. Consultas periódicas ao veterinário são essenciais para identificar e tratar esses transtornos", explica.
Barrozo aponta que o número de casos de transtornos emocionais em animais aumentou significativamente após a pandemia da Covid-19. “Os cães foram os mais prejudicados. A convivência diária com os tutores durante o isolamento social e o rompimento abrupto dessa rotina resultaram em um crescimento expressivo de distúrbios comportamentais”, explica.
A identificação clínica é fundamental para determinar o tratamento adequado e, quando necessário, indicar medicamentos. “Somente o veterinário responsável pode definir o protocolo ideal para o cuidado comportamental. Esse processo exige uma avaliação criteriosa, considerando o grau do problema, as características individuais do animal e as condições de rotina do tutor”, finaliza Pedro.
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