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Setembro Amarelo: Conheça ações que podem salvar vidas

De acordo com a OMS, 1 a cada 100 mortes no mundo são por suicídios. Acolhimento emocional e escuta respeitosa podem ajudar a evitar casos
Marcele Lima Por: 10/09/2021 - 11:19 - Atualizado em: 10/09/2021 - 11:25
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setembro amarelo

Uma epidemia silenciosa, o suicídio vitima milhares de pessoas  todos os anos. De acordo com o último levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado em junho deste ano, existem mais mortes no mundo por essa causa do que por doenças como HIV, malária ou câncer de mama, por exemplo. Só no ano de 2019 foram 700 mil vidas perdidas para esse mal, representando 1 a cada 100 falecimentos. O mês de setembro é dedicado para se falar sobre o assunto e visa buscar salvar vidas, abrir possibilidades para que esses números sejam reduzidos e cada vez mais gente busque ajuda e seja acolhida em suas dores.

Na ocasião da divulgação dos dados mais atuais, o diretor geral da OMS, Tedros Adhanom, afirmou que neste momento é necessário ainda mais atenção à prevenção ao suicídio por conta da pandemia provocada pelo novo coronavírus. A Covid-19 trouxe com ela, além do medo da contaminação, a perda de entes queridos e amigos, fatores de risco como o desemprego, as crises financeiras e o isolamento social.  "Não podemos - e não devemos - ignorar o suicídio", disse o diretor.

Um fato preocupante é a faixa etária da maioria das vítimas: de 15 a 29 anos, sendo a quarta causa de morte desse público, depois de acidentes de trânsito, tuberculose e mortes violentas. Outro dado mostra também que enquanto os números caem em outros continentes, nas Américas os casos vêm aumentando.

 

E o que pode ser feito para prevenir?

A Organização Mundial da Saúde iniciou uma campanha chamada LIVE LIFE”, com orientações e abordagens que devem ser seguidas pelos governos e entidades sociais, assim como por nós mesmos. 

Entre as diretrizes estão a limitação de acesso a pesticida e armas de fogo; cobertura responsável dos casos por parte da mídias, evitando inclusive a divulgação de detalhes e formas de morte em redes sociais e jornalismo; além da promoção de habilidades socioemocionais, que são aquelas que visam estimular a inteligência emocional das pessoas, e a tentativa de identificação precoce dos sintomas que podem levar ao ato extremo, como observar comportamentos, postagens nas redes, pensamentos e conversas suspeitas.

Existe muita gente empenhada em trabalhar pelo bem estar do outro e evitar o suicídio. Veja uma lista com 3 entidades que atuam no Brasil e podem ajudar quem não vê mais sentido na vida a descobrir uma luz no fim do túnel.

 

Centro de Valorização da Vida (CVV)

Você já deve ter ouvido falar do CVV. Esta é uma das instituições mais famosas e atuantes nesta área. O centro funciona 24 horas ouvindo e acolhendo histórias. Todos os atendentes atuam como voluntários, seja por telefone, e-mail ou chat, assim como toda a equipe recebe um treinamento especializado no acolhimento emocional e na escuta respeitosa e empática. Muitas vezes, é só esta atenção que quem está do outro lado da linha necessita e não tem, principalmente isolada pela pandemia ou em uma crise depressiva, por exemplo.

Para buscar ajuda do CVV é só ligar 188 a qualquer hora do dia ou acessar a página da organização na internet para enviar um email ou conversar pelo chat com um voluntário.  

 

Associação Brasileira de Estudos e Prevenção de Suicídio (ABEPS)

Profissionais de saúde mental acreditam que o acesso à informação e a oportunidade de conhecer possibilidades pode fazer com que o paciente decline da ideia e ache uma solução vital para seus problemas. E é neste contexto que a Associação Brasileira de Estudos e Prevenção ao Suicídio (ABEPS) age. A instituição conta com o apoio dos contribuintes para mapear especificidades de cada região do país e realizar planos de trabalho, eventos, congressos e grupos de discussão.

Além disso, os associados realizam lives com especialistas, direcionando vítimas buscando por ajuda, bem como orientação para pais, professores e pessoas que convivem com ela para encontrar maneiras de reagir diante do cenário e prevenção da consumação e tentativas do ato.

Para conhecer e participar das lives e eventos é só acessar o site da ABEPS.

 

Emocionais Anônimos

Um grupo de apoio para pessoas que sofrem com problemas psicológicos, o Emocionais Anônimos realiza reuniões para acolhimento e compartilhamento de histórias entre seus frequentadores, semelhante ao trabalho feito pelos alcoólicos anônimos.

Entre os lemas promovidos pelos organizadores da instituição está o “ Só por hoje”. Ele sugere que ao invés de tomarmos decisões que resumam toda a nossa vida, que a gente possa ter propósitos diários, viver um dia de cada vez. Deixar o ontem e o amanhã em seus lugares e viver apenas o hoje! 

Com sedes em Pernambuco e em São Paulo, o grupo tem realizado seus encontros virtualmente, por conta da pandemia, o que também possibilita a participação de pessoas de outros estados. Para saber mais e conhecer o EA, acesse a página no Facebook. 

 

Orientação profissional

Para você, a ajuda oferecida pelos grupos de apoio não está sendo suficiente? Não pense duas vezes antes de buscar orientação profissional, até para um direcionamento de terapias ou medicação. Sua vida importa e é por isso que as instituições de ensino do grupo Ser Educação possuem Clínicas Escola de Psicologia a disposição do corpo discente, dos professores e funcionários e também da comunidade geral. 


Os valores são acessíveis e os atendimentos com hora marcada. Para conhecer e saber como conseguir uma vaga, clique aqui!

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