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Saiba como são celebradas as festas de São João no Brasil

Cada região do país celebra de um jeito, mesmo com muitas semelhanças entre elas, o importante é a perpetuação da tradição cultural
Por: 23/06/2022 - 11:42
Bandeiras coloridas à noite. Crédito: Pixabay
Bandeiras coloridas à noite. Crédito: Pixabay
Escrito por Suellen Fernandes
 
Depois do carnaval, uma das maiores festas do país é a junina. No meio do ano, a celebração que envolve tradição, comidas, devoção, dança se espalha pelo Brasil em muitas homenagens aos santos Antônio, João e Pedro. Em cidades do Nordeste, do Centro-Oeste e interior de muitos estados brasileiros, como São Paulo, por exemplo, multidões se reúnem com suas roupas quadriculadas, fantasias, acompanhadas de muita euforia para aproveitar os festejos regados a música e pratos típicos da culinária regional. 
 
Em alusão aos festejos juninos, trouxemos algumas curiosidades para você. Continue a leitura para ficar por dentro do assunto!
 
Religião
O termo junino vem no nome “João Batista”, santo da Igreja Católica, celebrado em 24 de junho. As festas de São João vieram ao Brasil por meio de europeus, que trouxeram elementos culturais e religiosos ao país. 
 
A data se aproxima de outras celebrações, como às de Santo Antônio e São Pedro, respectivamente nos dias 13 e 29 do sexto mês do ano. Os elementos que compõem a grande festa são de origem religiosa, como as bandeiras coloridas e fogueira, usadas por pessoas devotas para agradecer aos santos. 
 
Tradição
Fogos, quadrilha e brincadeiras fazem parte de costumes incorporados à cultura brasileira, trazidos de Portugal, Espanha, França e China. Com o passar dos séculos, novas inserções foram realizadas para alinhar o que veio de outros povos com o que já existia por aqui. 
 
Comemoração
No Norte brasileiro, onde a Unama está presente, o Carimbó é a dança que movimenta a celebração na região. As quadrilhas dão lugar ao Boi-Bumbá. Folclore e lenda são muito fortes pelas bandas nortenhas. Como o tradicional da terra se evidencia nesta época do ano, no Norte, o carimbó reina. Trata-se de uma junção de características da cultura negra, portuguesa e indígena para definir o carimbó e suas coreografias. Um folclórico momento para enaltecer danças e músicas que são perpetuadas desde a colonização portuguesa. 
 
No Nordeste, a quadrilha é sem dúvida o destaque das festas da região. As roupas usadas fazem referência ao estilo caipira, enquanto as canções de arrasta pé embalam as festas nos estados. O milho é a base para as comidas da época junina, onde são servidos bolos, canjica e iguarias feitas a partir desse alimento. Ele é  motivo de celebração de pessoas devotas. Elas agradecem aos santos pela colheita de milho. 
 
No Sudeste, as festas juninas são compostas por quermesses, que são as feiras onde se vendem comidas, artigos religiosos, onde realmente acontecem as comemorações e são organizadas brincadeiras e atividades de ação social. Semelhante ao Nordeste, no sudeste também há comidas para oferecer no período: canjica, bolo de fubá, pipoca e o tradicional quentão. 
 
No Sul, as vestimentas chamam a atenção. Enquanto no nordeste as roupas têm como referência os nativos da região nordestina. São os aparatos dos gaúchos que incrementam o figurino junino: prenda, bombacha, botas e lenço pachola. Na hora de movimentar o corpo, a dança de fitas toma conta do ambiente. A dança é mais um dos elementos trazidos por europeus. No quesito alimentação, o pinhão é servido com diferentes preparos e o vinho quente é parte do cardápio para esquentar os dias e noites mais frias da época. 
 
Já no Centro-Oeste, o gênero musical sertanejo faz parte do repertório das celebrações. Violeiros fazem desafios com rimas no popular “Desafio do Caruru”, muito forte nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Nos pratos servidos, as influências são oriundas do Paraguai, onde são provados o arroz de carreteiro e a sopa paraguaia. 
 
As inserções de outras culturas, religiões e povos estão misturadas às festas juninas em todo o território nacional. Cada parte do país celebra do seu jeito, mesmo com muitas semelhanças entre elas. Se você quer conhecer mais da tradição ou da gente desses cantos do Brasil, a comunidade acadêmica da UNAMA poderá ser um laboratório de intercâmbio onde você fará parte dos estudos com pessoas da região. Escolha um curso e matricule-se
 
 

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