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Rojões trazem sérios prejuízos à saúde animal

Veterinária da UNAMA elenca dicas de proteção aos pets para minimizar o barulho na virada do ano
Assessoria de Comunicação Por: Rayanne Bulhões 30/12/2019 - 18:19
Imagem mostra cachorro
O que fazer para acalmar os pets?
Fim de ano chegando e com ele as comemorações de todos os tipos. Músicas, recepção de amigos e fogos de artifícios. Mas muitos esquecem que os animais costumam ficar muito assustados com todo esse barulho. Isso porque eles são mais sensíveis aos sons, devido a audição aguçada, captando sons com uma frequência quatro vezes maior ou menor - se comparada com a do ser humano.
 
De acordo com a Médica Veterinária e professora especialista em clínica médica de animais de companhi da UNAMA - Universidade da Amazônia, Flavia Barros, apesar de anatomicamente o aparelho auditivo de cães e gatos ser bem parecido com os dos humanos, sons exagerados causam muito incômodo. “Os seres humanos são capazes de captar vibrações entre 20 e 20.000 hertz. Os cães as captam entre 15 e 40.000 hertz. Se um rojão explodir muito próximo ao animal, por exemplo, pode ocorrer até dano físico ao tímpano, comprometendo a audição”, disse a especialista, Flávia Barros.
 
A orelha canina conta com aproximadamente 18 músculos. Até por instinto, elas permitem ao cão movimentá-la para encontrar a melhor posição para captar sons. É por isso também que os rojões podem trazer prejuízos a saúde animal, já que os pets não esperam que eles sejam acionados.
 
“Os sons de queima de fogos têm muito efeito psicológico. O animal relaciona o barulho intenso com a movimentação e a desordem, o que normalmente ocorrem nestes períodos. Aumentam mais a fobia nos animais que ficam sozinhos. Os sinais clínicos mais visíveis são de ansiedade, tremores, vocalização excessiva, taquicardia e até mesmo óbito, em casos extremos”, ressaltou Flávia.
 
Nesses casos, nunca é saudável deixar o animal sozinho. O recomendado – caso haja a necessidade de passar a virada do ano em outro lugar – é levá-lo para um ambiente conhecido, na companhia de pessoas familiares ou espaços de convívio com outros animais. A professora da UNAMA elenca as medidas que podem mascarar a atenção dos pets nesse período.
“O dono pode colocar algum som mais alto e suportável ao cão no ambiente (música ou televisão), enriquecer o ambiente do animal com brinquedos. Caso o animal tente se esconder, permitir acesso a um lugar seguro e resguardado, como por exemplo no sofá, em baixo da cama, debaixo de mesa, qualquer lugar que o cão se sinta protegido. É válido fechar portas e janelas, evitar acesso a varandas e janelas. É contraindicado soltá-lo na rua ou deixar o animal acorrentando, sob risco deste se machucar”, alerta veterinária.
 
Em casos extremos, é recomendado calmantes. “Mas antes de qualquer compra é preciso avaliar cada caso. O importante é levar o animal a uma consulta e ver a possibilidade desses medicamentos. Para não ter problema, só compre esses remédios sob prescrição de um veterinário”, finaliza.
 

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