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Pesquisa analisa qualidade da água em Algodoal

O estudo vai gerar uma série de mapas que vão indicar as áreas mais sensíveis e problemáticas
Assessoria de Comunicação Por: Alessandra Fonseca 25/06/2018 - 17:17
Imagem mostra coleta de água
A análise é feita com o monitoramento mensal da salinidade e da potabilidade da água
O curso de Geologia da UNAMA - Universidade da Amazônia está desenvolvendo um estudo integrado, interdisciplinar e interinstitucional dos recursos hídricos subterrâneos da Área de Proteção Ambiental em Algodoal-Maiandeua. A análise é feita com o monitoramento mensal da salinidade e da potabilidade da água na região. A pesquisa faz parte do programa de pós-graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente Urbano, que tem duração de um ano, e ainda está em fase coleta de material para estudo.
 
O projeto faz parte dos estudos sobre as alterações e impactos no meio ambiente causado pelo desenvolvimento urbano nas cidades do Pará. A pesquisa tem parceria com o LGAA - Laboratório de Geologia de Ambientes Aquáticos, do professor Marcelo Moreno, da UFRA – Universidade Federal Rural da Amazônia; IDEFLOR-Bio - Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará e Faculdade UNINASSAU.
 
“A proposta é realizar o monitoramento da qualidade das águas subterrâneas, acompanhando suas possíveis mudanças em decorrência do aumento de atividades, como aumento da frequência turística e a variação sazonal das chuvas. Será avaliada a qualidade da água em termos de potabilidade ao longo de 12 meses e com os resultados obtidos serão elaborados mapas analíticos sobre a evolução do crescimento urbano desordenado na APA”, explicou o professor e coordenador Igor Charles. Além disso, o professor afirma que o projeto utiliza as informações disponíveis nos órgãos municipais, no sentido de compor o quadro de dados técnicos sobre os recursos hídricos superficiais e subterrâneos da região.
 
A pesquisa vai gerar uma série de mapas que vão indicar as áreas mais sensíveis, problemáticas ou susceptíveis à contaminação, indicadas pela presença de coliformes fecais. “Em conversas com a comunidade percebemos que a maioria das pessoas culpa a presença dos cavalos como os responsáveis por possíveis contaminações do lençol freático. No entanto, acreditamos que a principal fonte do problema seja a disposição irregular de resíduos sólidos e falta de saneamento básico, com presença inadequada de unidades de tratamento primário doméstico e fossas negras (buraco no solo onde são levados os dejetos), construídas muito próximas aos poços, que por sua vez são pouco profundos e susceptíveis a contaminação por organismos patogênicos”, afirmou o professor.
 
A primeira fase da atividade de campo foi realizada nos dias 8, 9 e 10 de junho, na Vila de Algodoal e Praia da Princesa. Foram identificados aproximadamente 60 poços, e como teste piloto, 12 amostras de água foram analisadas em relação à presença e ausência de bactérias do grupo de coliformes fecais. “As amostras foram analisadas no laboratório de Bacteriologia da UNAMA e o Resultado foi que as 12 amostras analisadas apresentaram presença de coliformes totais e oito amostras apresentaram presença de bactérias presentes nas fezes de seres humanos”, revelou Igor.
 

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