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Para comemorar o Dia do Engenheiro Químico, conheça mais a profissão

Por: Caroline Melo 19/09/2016 - 00:00 - Atualizado em: 11/10/2016 - 14:17
Imagem: Freepik
O engenheiro químico pode trabalhar na indústria e em diversos outros setores
No dia 20 de setembro é comemorado o Dia do Engenheiro Químico. Regulamentado e legalizado no Brasil desde o final da década de 1960, o exercício da engenharia química no país conta com mais de 35 mil profissionais da área, segundo o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea). Um grupo pequeno, mas muito importante para o desenvolvimento econômico nacional.
 
Para celebrar a data, reunimos algumas curiosidades sobre a profissão conhecida por sua maleabilidade.  “Nós não estamos aqui apenas para laboratórios”, avisa Iury Sousa, coordenador de Engenharia Química da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau.
 
1- Quem é o Engenheiro Químico?
 
“A Engenharia Química é a Engenharia dos processos industriais. Qualquer indústria que trabalhe com transformação química, tem que ter um químico lá”, define Iury Sousa. O profissional da área recebe uma formação ampla em diversas áreas do conhecimento e pode trabalhar em diversos setores como linhas de produção, na área de qualidade e até mesmo na administração de uma empresa.  A formação do engenheiro químico faz com que o profissional possa projetar, construir e operar plantas industriais, lidando com todo o processo do desenvolvimento do produto.
 
2- Qual a diferença entre o Químico e o Engenheiro Químico?
 
Ambos trabalham com processos químicos, entendem a ciência ligada aos produtos e sobre a obtenção de material, mas o que mais distancia o engenheiro químico do químico é a aplicação de seus conhecimentos. “O Químico está focado em escala laboratorial e o engenheiro químico quer aplicar o que viu em laboratório na indústria”, conta o professor. No final das contas, diferenciar as duas profissões é bem simples: enquanto o químico costuma trabalhar em fazendo análises e desenvolvendo materiais, o engenheiro aplica a ciência da microescala na macroescala – ou seja, na área industrial.
 
3- A “engenharia universal”
 
Há quem diga que a Engenharia Química é a “engenharia universal”.  De novo, o coordenador de Engenharia Química Iury Sousa explica o motivo. “Porque ela se aplica a tudo: na indústria, em uma casa, num laboratório... em tudo que exige transformação”
 A formação nessa área garante ao profissional um conhecimento amplo em diversas áreas: química, física, computação e matemática. Graças à biotecnologia, as ciências biológicas também foram incorporadas ao curso, e o currículo não para por aí: computação, economia, administração, controle de produção, comunicação, desenvolvimento pessoal e segurança do trabalho fazem parte dos estudos de um engenheiro químico. É essa amplitude que confere ao profissional o título de “engenheiro universal”, uma vez que é capacitado e tem conhecimento sobre diversas áreas da engenharia – e de boa parte de ciências humanas também.
Outra área que recebe os diplomados em Engenharia Química é a perícia criminal. Na área 6 do departamento de Polícia Federal , o profissional analisa drogas ilícitas e atua em outros ramos da criminalística também, como em balística, química forense e investigações de crimes ambientais.
 
4- As várias áreas da indústria e a participação do profissional
 
O Engenheiro Químico é requisitado em diversas áreas da indústria: petroquímica (que inclui gás natural e carvão), alimentícia, plásticos, açúcar, indústria agrícola e agroquímica, cimento, vidro, farmacêutica, fermentação, cosméticos, produtos de limpeza, tintas, papel e celulose, entre muitas outras. O engenheiro químico deve estar presente em processos das indústrias que passam por transformações físico-químicas.
 
Também é trabalho do profissional elaborar técnicas de extração e obtenção de matérias-primas, comandar tratamento de resíduos, reaproveitamento de material e geração de energia. Entre as centenas de funções, o engenheiro químico ainda pode pesquisar tecnologias e desenvolver produtos, equipamentos e processos mais eficientes.
 
5- Engenheiros Químicos notáveis no Brasil e no mundo
 
A engenharia química nasceu para resolver problemas de outras áreas da engenharia. Alfred Nobel, químico e inventor sueco, é considerado o “pai da engenharia química” (sim, aquele mesmo cientista que deu nome ao Prêmio Nobel). Filho de um engenheiro civil, aplicou seus conhecimentos em química para inventar a dinamite e sua invenção serviu para facilitar trabalhos de construção.
 
Pela história também encontramos Victor Mills, engenheiro químico da empresa P&G, que foi creditado pela invenção das fraldas descartáveis da marca Pampers em nos anos 1950 e o conceito de produção das batatas Pringles. No Brasil, o cearense Expedito José de Sá Parente é considerado o “pai do biodiesel”. Outros nomes mais conhecidos no país são o da ex-presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, e o da atual presidente da LATAM, Cláudia Sender.

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