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Nutricionista relaciona Gastronomia ao tratamento hospitalar humanizado

A humanização da alimentação hospitalar deve integrar aspectos éticos que visem o atendimento individualizado
Assessoria de Comunicação Por: Camille Nascimento 21/05/2018 - 11:17
Imagem mostra uma pessoa comendo em uma cama de hospital
Atendimento humanizado está sendo pensado cada vez mais sob o ponto de vista nutricional
“Cozinhar é um modo de amar os outros”. Esta definição do escritor moçambicano Mia Couto traduz a relação entre os atos de cozinhar e cuidar. Nas unidades de saúde é comum a aversão dos pacientes à dieta hospitalar, isto porque durante muito tempo se priorizou o aspecto técnico científico da alimentação dos pacientes. Porém, o atendimento humanizado está sendo pensado cada vez mais sob o ponto de vista nutricional.
 
O professor do curso de Nutrição da Universidade da Amazônia (UNAMA), Bruno Henrique dos Santos Morais, explica que o cuidado humanizado, no que tange à alimentação, envolve os aspectos nutricionais e higiênico-sanitários, mas também o cuidado, conforto, acolhimento e as dimensões simbólicas e sensoriais da alimentação. “A dieta hospitalar, que antes era vista como monótona, insípida e de odor desagradável, hoje, recebe o incremento da Gastronomia e de técnicas culinárias adaptadas às restrições dietéticas dos pacientes internados, com a finalidade de tornar as refeições nutricionalmente equilibradas e ao mesmo tempo prazerosas”, avalia o mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos.
 
A humanização da alimentação hospitalar deve integrar aspectos éticos que visem o tratamento individualizado; a prestação de um serviço de qualidade através do atendimento às expectativas do paciente; as sensações despertadas pelo sabor, aroma, cor, temperatura e textura dos alimentos; e os aspectos simbólicos e afetivos representados pelo ato de se alimentar, que envolvem o convívio, a troca de experiências, as comemorações e o respeito aos hábitos culturais e alimentares de cada indivíduo. Para Bruno Morais, é preciso desmistificar a ideia de “comida de hospital”, “podemos usar os mesmos ingredientes e fazer uma comida bem apresentada, com o mesmo custo e paladar melhorado”, incentiva o nutricionista.
 

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