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Mulheres empreendedoras na Amazônia são tema de pesquisa

O trabalho foi desenvolvido no Programa de Iniciação Científica PIBIC/UNAMA/CNPq
Assessoria de Comunicação Por: Alessandra Fonseca 04/06/2018 - 15:51
Imagem mostra uma mulher sentada à mesa
Professora Márcia Athayde foi a orientadora da pesquisa, que foi apresentada no Seminário do PIBIC
Mulheres empreendedoras de diversas origens socioculturais e econômicas foram entrevistadas durante a pesquisa intitulada “Impacto do Ambiente sociocultural nas práticas gerenciais de mulheres empreendedoras da Amazônia Brasileira”, idealizada pela aluna do último período do curso de Ciências Contábeis, Joyce Costa, e sua orientadora, a Prof. Dra. Márcia Moreira, do Programa de Mestrado e Doutorado em Administração da Universidade da Amazônia (UNAMA). O objetivo do estudo, que foi apresentado no Programa de Iniciação Científica (PIBIC/UNAMA/CNPq), é entender se as origens culturais interferem no sucesso de um negócio. 
 
Práticas gerenciais empreendedoras são ações utilizadas para traçar indicadores de desempenho, delegação de decisões, estímulos ao aprendizado e pagamento com base em desempenho individual. Esses mecanismos auxiliam na manutenção do bom funcionamento de uma empresa, por exemplo. 
 
A pesquisa estuda o impacto que o ambiente sociocultural e econômico exerce sobre as práticas gerenciais de mulheres empreendedoras. Como resultado, foi observado que todas as mulheres, independente de classe social, origem e cultura, fazem uso destes conceitos em seus negócios. Durante as entrevistas, foram analisados o nível de educação, localidade e experiência profissional, totalizando 26 perguntas semiestruturadas.
 
Aluna de iniciação científica, Costa conta que essa pesquisa é a base para futuros projetos, como o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), que vai focar em mulheres empreendedoras do Mercado Ver-o-Peso. “Queremos entender o que leva essas mulheres a entrarem no mundo do empreendedorismo, suas dificuldades e quais métodos gerenciais contábeis utilizam, mesmo que de forma intuitiva. Durante a pesquisa foi confirmado que o número de mulheres empreendedoras no Brasil e na região Norte vem crescendo e isso impacta diretamente no crescimento econômico do país. Acredito que foi isso um dos principais motivos que justificam a importância dessa pesquisa”, afirmou.
 
Além disso, a pesquisa identificou um aumento nos índices de empreendedorismo no Brasil em função da crise econômica atual, de acordo com a professora Márcia Moreira. “Existe uma necessidade muito grande de gerar renda e uma escassez muito grande de emprego. Parte dessas mulheres, com a crise, ficaram desempregadas e viram no empreendedorismo a possibilidade de gerar renda para si e principalmente para as suas famílias. Isso nos leva a querer pesquisar. Entre as mulheres que empreendem por necessidade, ela precisam de um auxílio especializado, principalmente quando se trata de práticas de gestão, que é de interesse do Programa de Pós-graduação Pesquisa em Administração da UNAMA”, afirmou a professora.
 
Uma das entrevistadas na pesquisa sobre mulheres empreendedoras na Amazônia é Cecília Athayde, que há sete anos resolveu iniciar o seu próprio negócio no segmento infantil. Para a empresária a alta carga tributária é a maior de todas s dificuldades enfrentadas ao abrir uma loja. Como mulher, ela destaca a dificuldade de conciliar o trabalho com as tarefas do dia a dia, ser mãe e atividades domésticas. “Mulheres empreendedoras são guerreiras. Não deixamos de ser mãe e esposa e ainda conseguimos, com grande maestria, ser organizadas, disciplinadas e incansáveis. Mas não somos boas porque nascemos assim. Somos boas por que investimos em uma carreira sólida baseada em conhecimento técnico e princípios éticos”, concluiu.

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