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Monitoria em exatas, como funciona?

Por: Katarina Bandeira 19/10/2017 - 10:31 - Atualizado em: 19/10/2017 - 10:39

Atividade ajuda a aprimorar os conhecimentos do estudante. Foto: Freepik

 

Quem pensa em seguir a carreira acadêmica, seja lecionando ou em áreas de pesquisa, sabe que ter atividades extracurriculares é de suma importância. Uma opção que agrega não apenas peso ao currículo, mas também ajuda a aprimorar os conhecimentos do estudante, pode ser o trabalho de monitoria. Na área de exatas os monitores são bastante solicitados, principalmente por conta das dificuldades iniciais dos alunos com disciplinas que envolve cálculos ou códigos de programação complexos e que não faziam parte do dia a dia antes da graduação.

Graduado em Sistemas de Informação, Pedro Silva aponta pontos positivos na atividade, não apenas para quem vira monitor, mas também para quem é beneficiado pela monitoria. “Tem gente que tem vergonha de perguntar em sala de aula e o monitor acaba sendo uma solução mais acessível por ser um outro aluno. O papel do monitor é justamente ajudar nessas situações. Ele é uma pessoa que passou pela disciplina, que teoricamente tem afinidade com aquele assunto e que vai ajudar outros estudantes a passar pelo mesmo”, explica.

O que faz um monitor de exatas?

Distribuir exercícios e auxiliar na resolução das questões passadas pelos professores são algumas das funções de quem opta por trabalhar na monitoria. Tirar dúvidas que não conseguiram ser solucionadas em sala de aula também. Geralmente quem passa em uma seleção de monitoria tem que reservar um tempo para atender os alunos sem atrapalhar as próprias atividades durante o curso. Seja chegando um pouco antes das aulas começarem, ficando até um pouco mais tarde ou disponibilizando contatos como telefone e e-mail é preciso estar disponível para o trabalho.

“No caso de exatas que há muitas disciplinas como cálculo, por exemplo, o monitor pode criar uma videoaula rápida para passar com os alunos. Eu acho que o meio digital pode sim ser uma solução viável para a monitoria, usando recursos como vídeo, áudio e fotos para enviar para os alunos. Na área de Sistemas tem muitos exercícios que podem se aplicar a essas plataformas”, sugere Pedro.

Quais os critérios para virar monitor?

Para virar monitor é preciso que abra um edital para alguma disciplina. Geralmente os assuntos que tem a ver com matemática, lógica ou que envolvem projetos práticos pedem um acompanhamento mais específico. Porém, não basta se candidatar. É preciso já ter passado pela disciplina com a nota exemplar. Quanto maior a pontuação obtida na disciplina maiores são as chances do aluno conquistar a vaga. Respondendo a esse critério o estudante faz uma prova que mede se ele possui o conhecimento necessário para passar a disciplina. O resultado é dado de acordo com o peso.

Mesmo após preencher todos estes requisitos o aluno ainda deve se preparar para algumas dificuldades.“A minha experiência como monitor foi um pouco frustrante, no início. Muitos alunos não chegavam, eu preparava material e fazia exercícios, mas ninguém ia. Com o tempo eu consegui ajustar alguns horários para atender melhor as necessidades dos estudantes. Quem tinha alguma dúvida sempre falava comigo”, conta Pedro, que durante a própria graduação também participou de monitorias.

Currículo Lattes

Além do prazer de ajudar os futuros colegas de profissão, a atividade de monitoria pode trazer muitos benefícios profissionais. “Você ganha certificado com as horas que você trabalhou como monitor e isso conta bastante em seleções para pós-graduações, EAD e até de professor. Algumas seleções pontuam quem se dedicou a este tipo de atividade por identificar no perfil do candidato uma pessoa que gosta de ajudar, que tem facilidade em ensinar e que sabe trabalhar com outras pessoas”, pontua.

 

E você, já teve alguma experiência com monitoria? Conta para a gente nos comentários!

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