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Notícias › Resposabilidade Social


Evento discute fluxo migratório no Pará

Ao todo, 300 servidores participaram do encontro na UNAMA Alcindo Cacela
Assessoria de Comunicação Por: Rayanne Bulhões 28/06/2019 - 17:50
Imagem mostra palestra em andamento
Evento aconteceu no dia 25 de junho
A UNAMA – Universidade da Amazônia foi sede, nesta terça-feira (25), do I Encontro de Nivelamento sobre o fluxo Migratório da Prefeitura de Belém. O evento teve como foco traçar um mapeamento desses migrantes, verificar mecanismos para enfrentar às desigualdades e problemas sociais gerados na capital. O evento reuniu 300 servidores municipais, gestores, conselheiros e profissionais de saúde, no auditório David Mufarrej, do campus Alcindo Cacela.
 
Belém possui mais de 360 venezuelanos da etnia Warao, mas nem todos recebem atendimentos de assistência. A língua, o quadro vacinal, a adaptação cultural e a fome foram alguns dos pontos discutidos no encontro. No grupo de vulnerabilidade, as crianças continuam sendo uma das mais prejudicadas. Para a coordenadora da Unicef no Território Amazônico, Anyoli Sanabria, o atual cenário é diferente. A fome, a guerra, a miséria, a falta de liberdade e instabilidade política social são fatores para que se busquem um futuro melhor fora do país de origem. 
 
“Imagine como funciona a cabeça de uma criança de 10 anos. Os pais chegam e dizem: – ‘Vamos!’ Eles pensam: - ‘Como deixar a escola? E o cachorro?’ O impacto nas crianças é muito maior. Na vida. Na rotina. E não importa classe social. Sem ter explicações. Pais estão mais preocupados em como sair, ao invés de dar um suporte emocional. É aí que nós precisamos entrar em parceria para buscar alternativas de integração e resposta para o problema e não deixar as crianças de lado”, aponta Sanabria.
 
Para a coordenadora dos cursos de Pedagogia e Matemática da UNAMA, Glaucianny Noronha, é necessário fomentar mais discussões como estas e dar base em ações efetivas de políticas públicas. “A UNAMA, enquanto Universidade, tem um papel fundamental em promover a formação e a difusão de saberes referentes ao contexto migratório vivenciado não só na nossa cidade, como em todo o estado do Pará. Haja visto que este intenso fluxo migratório tem ocasionado transformações políticas, sociais, culturais e econômicas em nosso estado.”, finaliza a gestora.
 
Durante toda a programação, indígenas Warao confeccionaram brincos, colares, bolsas e acessórios de moda. As peças foram expostas e colocadas à venda, na entrada do auditório. 
 

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