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Dia Mundial da Alfabetização: importância e a melhor forma de incentivar a leitura

Para a Simone Bérgamo, psicopedagoga e diretora acadêmica do grupo Ser Educacional, a filosofia construtivista é um método efetivo de estimular o pensamento crítico
Adige Silva Por: 17/11/2020 - 18:46

No último sábado (14), foi celebrado o Dia Mundial da Alfabetização. A data é uma forma de enfatizar a importância da alfabetização para a construção de uma sociedade mais sólida e menos desigual. No Brasil, a taxa de analfabetismo ficou em 6,6% em 2019, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Apesar da queda em relação a 2018, onde esse percentual era de 6,8%, o País ainda conta com 11 milhões de pessoas não alfabetizadas. 

 

Para Simone Bérgamo, psicopedagoga e diretora acadêmica do grupo Ser Educacional, esse percentual preocupa e precisa ser melhorado. "A gente sabe que alfabetizar é possibilitar a autonomia do sujeito. Então, imaginar uma sociedade alfabetizada é acreditar que as pessoas vão buscar, de forma bem assertiva, uma melhoria no ponto de vista pessoal e profissional. Inclusive, pensando como cidadão. A alfabetização é fundamental para a busca, realmente, de uma sociedade plena", enfatizou a psicopedagoga.

 

Segundo ela, o método tradicional de ensino pode não ser tão efetivo para certa parcela da sociedade. Por isso, ela aconselha o educador, que se depara com uma dificuldade na aprendizagem de uma pessoa ou criança, a utilizar a filosofia construtivista. "Eu indicaria muito mais a filosofia construtivista ou sócio-construtivista, que não é método, mas é uma filosofia que dá apoio a um espaço de desenvolvimento da leitura ou da escrita. É um espaço de conhecimento, é um espaço próprio para alfabetização", sugere.

 

O que é a filosofia construtivista?

 

Segundo a Simone, a filosofia construtivista é simples e se adequa à realidade do aluno em questão. "Essa filosofia é para que a criança ou a pessoa aprenda inserida em um contexto, utilizando situações reais que elas vão se deparar na própria vida. Utilizar a linguagem na prática como ela, realmente, é usada", explica a educadora.

 

De acordo com a psicopedagoga, o ato gramatical de juntar as palavras e ler é só mais uma etapa desse processo e não precisa ser cobrada imediatamente. "Incentivar a leitura é proporcionar à pessoa ou a criança uma escrita correta e ampliar o espaço de possibilidades. Não precisa que ela necessariamente leia naquele momento. Quanto mais ela escuta, ela amplia o espaço para construção de sua própria história em relação a essa escrita", finaliza. 

 

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