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‘Confra da firma’: veja como não ‘queimar’ sua imagem

O professor universitário do Grupo Ser Educacional e Consultor em Gestão de Pessoas e Carreiras Jessé Barbosa de Araujo dá dicas de como não cometer "gafes" na confraternização da empresa
Thayná Aguiar Por: 22/11/2019 - 17:53

O fim de ano vai se aproximando e, com ele, as festas de confraternizações começam a ocupar lugar nas agendas. Entre familiares, amigos e até em eventos empresariais, as comemorações têm variados estilos. Contudo, uma das reuniões que mais requer a atenção dos participantes são as celebrações dos ambientes profissionais. 

Embora seja um momento para confraternizar, deve-se atentar que nem todo tipo de atitude é conveniente nestas ocasiões, principalmente ao se tratar de um evento da empresa onde você trabalha. Um “passo em falso” dado durante essas festividades pode ser crucial para gerar uma repercussão negativa da sua imagem no meio corporativo. Para evitar dúvidas de como agir em eventos no meio corporativo, conversamos com o professor universitário do Grupo Ser Educacional e consultor em Gestão de Pessoas e Carreiras Jessé Barbosa de Araujo.

Para Jessé, as festas de fim de ano são uma oportunidade para confraternizar e celebrar as conquistas alcançadas pela empresa. Dessa forma, negar-se a comparecer implica em uma mensagem não positiva do colaborador, pois, denota uma falta de comprometimento com a firma. “Se o funcionário não entende o valor disso jamais acenderá para outras posições, pois, nestas festas, é o momento em que o mesmo passa a ter acesso a pessoas que normalmente, devido a sua rotina diária, não tem”, explica.

Caso o funcionário não consiga participar da confraternização, o professor Jessé orienta avisar, com antecedência. “Caso haja um compromisso de força maior, o melhor é informar ao gestor imediato a ausência para que caso haja algum planejamento por parte da equipe, não seja frustrado”.

De acordo com o consultor, outro ponto que requer atenção neste tipo de evento são as vestimentas. “O ideal é que a roupa escolhida seja algo que não chame muita atenção. Para homens um roupa esportiva ou esporte fino conhecido como uma roupa casual. Para mulheres o ideal é que não seja uma roupa muito decotada ou curta, pois é uma festa da empresa ao qual todos tendem a observar tudo e todos”, destaca o especialista.

Ao falar de festa, as palavras “dança” e “bebida” vêm à tona. E, segundo Jessé, esses são tópicos que demandam cuidado quando são somados ao ambiente de trabalho. “Se o colaborador sabe que tem dificuldades com autocontrole com bebidas, o mesmo deve abster-se para que não ocasione um problema futuro de comportamento por falta de sobriedade. Pode beber? Sim, não há problema, desde que o funcionário saiba o seu limite”.

Quanto à dança, o professor alerta que não há problemas em dançar, desde que seja feita com moderação, visto que algumas músicas do momento não são recomendadas para festas corporativas, devido à forte alusão à sexualidade.

Para o especialista, a melhor maneira de se comportar nestas ocasiões é evitando excessos com álcool ou com comida, e buscar relacionar com pessoas de outros setores. “Permita- se conhecer, como diz a máxima militar: quem não é visto não é lembrado. Seja cordial com todos, fique à vontade para curtir, mas com moderação”, lembra.

Situações embaraçosas em eventos corporativos são comuns. Por isso é necessário manter-se atento para não cometer deslizes. A estudante de psicologia Thais Andrade conta que nunca protagonizou nenhum caso como esses, mas já presenciou colegas de trabalho em circunstâncias constrangedoras. “Vi uma amiga ficar totalmente embriagada durante a confraternização do ano passado. Ninguém nunca conseguiu esquecer a cena”, relata Thais.

De acordo com a estudante, dias depois da festa, seus respectivos superiores chegaram a comentar o fato ocorrido, e a jovem protagonista da situação foi advertida. “O burburinho era gigante entre os corredores, mas a gente não imaginaria nunca que nossos chefes iriam comentar entre eles. Achávamos que eles não estavam nem dando importância ao que estava acontecendo na hora”, relembra.

“Ao contrário do que a gente acreditava, logo depois da festa, recebemos a notícia que a menina tinha sido chamada a atenção. Ela ficou bem envergonhada, disse que pediu desculpas. No final, não foi um prejuízo grande para ela, mas foi uma situação que poderia ter sido evitada. Foi uma advertência, mas poderia ter sido algo muito pior”, complementa Thais.

As situações relatadas pela estudante de psicologia instigam alerta, segundo o consultor de Gestão de Pessoas Jessé Barbosa. Durante esses eventos corporativos, os gestores e diretores avaliam os comportamentos dos seus funcionários. “Em uma festa social, todos são observados, como se relacionam entre os pares, superiores e com subordinados. A dica que nunca falhar, é ser cordial com todos sem deixar de ser autêntico”. Jessé ainda ressalta: “Em uma festa corporativa o bom senso deve prevalecer”.

Em caso de um funcionário presenciar ou protagonizar uma situação constrangedora, o professor Jessé indica qual é a postura a ser adotada. “Caso algum colaborador cometa alguma gafe na festa, é preciso pedir desculpas pelo mal entendido e corrigir a gafe. Caso algum colega esteja alto – gíria que remete a embriagado - devido ao volume de álcool ingerido, procure orientá-lo a seguir para casa, pois, muito provavelmente, sua credibilidade, tanto pessoal como profissional, é desconstruída à medida que continua cometendo gafes”, encerra.

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