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Conferência debate políticas públicas de apoio à mulher

A programação aconteceu no auditório da UNAMA Ananindeua
Assessoria de Comunicação Por: Rayanne Bulhões 28/11/2019 - 16:52
Imagem mostra palestrantes durante evento
Nos dois dias de programação, foram apresentados cases de mulheres protagonistas de uma nova realidade
A UNAMA - Universidade da Amazônia foi sede, nos dias 26 e 27 novembro, da IV Conferência do Dia Municipal de Políticas para as Mulheres. O encontro teve por objetivo discutir, promover e qualificar a participação social na formulação de políticas públicas de proteção e amparo às vítimas de violência. A programação aconteceu no auditório 1, da UNAMA Ananindeua.  
 
Nos dois dias de programação, foram apresentados cases de mulheres protagonistas de uma nova realidade, além dos índices de violência e da rede de apoio. A professora da UNAMA, doutora em Antropologia, Rachel Abreu, ministrou a palestra "Existem mulheres fortes e existem mulheres que ainda não descobriram a sua força. Mulheres empoderadas". Durante o discurso, foram pontuadas questões históricas e de reflexão.  
   
"O que condiciona uma mulher a aceitar todas essas situações de violência e opressão? A mídia? A própria família? É necessário analisar cada perfil dessas vítimas. Não existem fórmulas. O importante, nesse caso, é desconstruir qualquer padrão dessas mulheres. Principalmente aquele ideal de que existe princesa e que elas precisam seguir regras", disse Rachel Abreu, que também é pesquisadora em gênero.  
 
Segundo a Promotoria da 4ª Vara Criminal de Ananindeua, são 600 registros de violação de direitos da mulher semanalmente. Desses, destacam-se denúncias contra os parceiros e casos de feminicídio. "Eu pesquisei processo por processo. Todas as mulheres mortas, vítimas de feminicídio, em Ananindeua, já haviam registrado queixas em delegacias. Muitas, mais de uma vez. Temos uma falha nessa rede de proteção. É por isso que precisamos fortalecer e cobrar ações de políticas públicas", reforçou o promotor, dr. Nadilson Portilho Gomes.
 
A garantia de direito deve ser para todos. "Nossa sociedade é machista, racista, discriminatória, misógina. Por vezes, a gente acaba absorvendo certos conceitos e reproduzindo no dia a dia. Como é o caso de mulheres que deixam o marido e são menosprezadas pela escolha. São rejeitadas, se não seguem padrões de corpo. Eu que já trabalho na área, vejo todos os dias absurdos ", afirmou o promotor.  
 
Dos registros no município, a maioria são denúncias de mulheres com nível superior. "As mais pobres - por vezes - nem conseguem chegar nessa rede. Os principais casos de violação de direitos, continuam sendo o abuso financeiro e o abuso sexual", finaliza.
 

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