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Carnaval e o impulso da economia

Por Janguiê Diniz – Mestre e Doutor em Direito – Reitor da UNAMA - Universidade da Amazônia - Fundador e Presidente do Conselho de Administração do Grupo Ser Educacional –janguie@sereducacional.com
Assessoria de Comunicação Por: 11/01/2018 - 12:00 - Atualizado em: 19/02/2018 - 10:08
Imagem mostra Janguiê Diniz se apoiando em uma cadeira
Esse segmento funciona como uma grande empresa, empregando várias pessoas
Todos nós conhecemos e sabemos da importância do Carnaval para a cultura nacional. Mundialmente conhecido como o país do Carnaval, o Brasil tem uma diversidade de festas e ritmos que se espalham por quase todos os estados e fazem deste um dos feriados mais impactantes, responsável por movimentar boa parte da economia em setores como turismo e negócios, influenciando positivamente no cenário econômico geral do país pelo resto do ano.
 
Uma pesquisa realizada no Rio de Janeiro, após o carnaval de 2017, apontou que 1,1 milhão de turistas passaram pela cidade no período de Momo. A festa movimentou cerca de R$ 3 bilhões na economia da cidade. Ainda segundo o estudo, 94% dos turistas estrangeiros disseram que voltariam à cidade, 17,4% pretendiam retornar no mesmo ano e 91,9% recomendariam a visita.
 
Já no Recife, outro tradicional carnaval, estima-se que durante os quatro dias de folia, 1,3 milhão de foliões foram às ruas da cidade. O número representou 96,8% de ocupação nos hotéis e pousadas da cidade, além de uma receita de R$131,4 milhões. Já em Salvador, capital baiana, foram 700 mil turistas, sendo mais de 100 mil estrangeiros. Os dados apontam que a ocupação hoteleira em Salvador chegou a 95% no período de carnaval, gerando 200 mil empregos temporários e R$308,7 milhões de receita.
 
Ao todo, em 2017, as atividades turísticas ligadas ao carnaval movimentaram cerca de R$ 5,8 bilhões. Vale lembrar que, para oferecer um evento grandioso, as escolas de samba de São Paulo ou do Rio de Janeiro, e os blocos de carnaval, sejam de Recife, Salvador ou de outras cidades, começam a trabalhar com meses de antecedência.
 
Um negócio que no fim do século passado tinha como referência apenas o Rio de Janeiro, tomou grandes proporções e hoje, o Carnaval move as economias das principais cidades brasileiras, tanto das capitais como dos municípios. Esse segmento funciona como uma grande empresa, empregando várias pessoas – da confecção da fantasia ao gerenciamento e organização da festa –, gerando lucro e renda para várias famílias.
 
Com uma leve recuperação na economia nacional, aliada ao crescimento das vagas de emprego e a retomada do consumo, estima-se que o carnaval de 2018 supere os números do ano passado. Salvador, por exemplo, acredita que irá atingir lotação máxima nos hotéis. Já em Recife, os 40 anos do Galo da Madrugada e os shows de artistas nacionais em polos descentralizados deverão aumentar o número de turistas e o consumo de serviços por parte deles na cidade.
 
O Carnaval permanece sendo um período de extrema importância, não apenas para alguns setores da economia mas, principalmente, para cidades que vêem neste período boa parte de sua renda anual.

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