É pelo celular que o estudante do 3º período de Arquitetura e Urbanismo, Marcelo Dias (22), tem acompanhado as aulas remotas durante o distanciamento social. O jovem é aluno da UNAMA - Universidade da Amazônia, campus Ananindeua, onde as aulas seguem normalmente pela plataforma Teams, da Microsoft, pela manhã. Mas o estudante ainda dedica parte da tarde e da noite para praticar o que foi lecionado e aprofundar alguns projetos que vão garantir portfólio.
Marcelo é natural de Bragança, no Nordeste paraense, há mais de 220 quilômetros da capital. Crescer em um município, cercado por monumentos, do estilo neoclássico, fez com que o acadêmico multiplicasse o interesse pelo curso de arquitetura e urbanismo. No entanto, ele entende que por conta da COVID-19 e, por medida de segurança, foi necessário adaptar-se as mudanças.
"A respeito do ensino remoto, eu compreendo que é a forma mais acessível de continuar o nosso aprendizado. É necessário adaptar-se a essa circunstância e eu admiro muito o esforço do corpo pedagógico em tentar alcançar todos os alunos, mesmo os que tem dificuldade de acesso, por meio de atividades alternativas para cada caso em específico. É indubitável que as atividades práticas sejam indispensáveis e me alegra saber que essas atividades serão repostas assim que retornarmos aos encontros presenciais", disse o acadêmico.
A UNAMA e a UNINASSAU aderiram ao método de ensino virtual, assim que o estado do Pará notificou os primeiros casos do novo coronavírus, ainda em março. Algumas avaliações precisaram ser adaptadas com prazos estendidos e atividades individualizadas. Essas foram algumas das estratégias usadas por docentes para a continuidade das aulas sem prejuízo aos alunos e comprometimento do semestre. "Eu tenho me esforçado bastante e estou satisfeito com os resultados obtidos. Todos nós tivemos que aprender a lidar com a situação atual. E assim nós estamos tentando ajudar um ao outro e, se Deus quiser, vamos conseguir superar isso", reforça o estudante.
Para a professora do curso de Arquitetura e Urbanismo da UNAMA, Renata Maués, houve todo um engajamento por parte do corpo docente. "Temos feito aulas bem mais lúdicas. Houve adaptação até no modelo de avaliação. Nós escolhemos formas multidisciplinares de medir a aprendizagem, envolvendo em um único projeto os conteúdos de várias disciplinas. Dessa forma, o estudante poupa tempo, gasta menos dados de internet e é atendido de forma bem proveitosa, simulando projetos profissionais. Os professores estão trabalhando suas equipes em conjunto e fomentando o aprimoramento das técnicas de ensino e aprendizagem", reforçou a professora.
A Faculdade UNINASSAU Belém também investe em plataformas digitais que favorecem a continuidade das aulas dos cursos ofertados pela Instituição. As aulas do professor da UNINASSAU Belém, Ronald Mascarenhas, se transformaram com a aplicação das atividades remotas. Para ele, a nova realidade trouxe diferentes possibilidades de aprendizagem e aprofundamento em projetos envolvendo os alunos. “Consegui encontrar uma boa participação de todos quando utilizei as vivências e as trouxe para as aulas. Os estudantes discutem os temas, interagem e contribuem de forma ativa nas aulas. Outra ferramenta muito útil foi o uso das metodologias ativas, percebi que os estudantes se envolviam com muito esforço e dedicação, ajudando bastante no processo de ensino e aprendizagem nos tempos de remota”, afirmou.
Além do ensino remoto e das atividades de responsabilidade social, a UNAMA e UNINASSAU também oferecem cursos e oficinas on-line, por meio dos sites institucionais e lives com conteúdos diversos no Instagram e Youtube.
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