Os debates sobre a saúde interdisciplinar na Amazônia continuaram na manhã desta sexta-feira (5), nos auditórios do Hangar – Centro de Convenções. A programação tem como foco abordar a atuação do profissional na área da saúde com uma visão plural e destaca a necessidade da produção científica na região norte. A primeira palestra abordou o tema “Oncologia e o cuidado Multidisciplinar”.
A importância de dar atenção à família dos pacientes em tratamento ao câncer foi um dos temas abordados na palestra do auditório I. A conferencista e psicóloga Elvira Gama explicou a importância da atuação profissional nesse sentido, mas também da família como base de apoio. “O que se propõe é um novo olhar para o câncer sobre a psicologia e o tratamento oncológico. O olhar da área da saúde deve ser ampliado sobre quem adoece. Muitas vezes a família também fica doente e é importante que esse lugar seja preservado. Lidar com situações limites é sempre muito impactante, por isso, os recursos de apoio familiar e profissional são importantes para que seja co-participantes do tratamento da doença”, afirmou. Também participaram da mesa a professora Ísis Ataíde e o professor Maicon Nogueira, como presidente de mesa.
A saúde da mulher também ganhou espaço para discussão durante a conferência “Atenção interdisciplinar à saúde da mulher”, com os palestrantes Antônio de Pádua, Cinthia Silveira e Brenda Cardoso. A violência doméstica e sexual são as principais causas de procura por atendimento profissional. “É um processo delicado que, às vezes, envolve a área jurídica. Nós, enquanto profissionais da enfermagem, temos que ter a responsabilidade de atuar de maneira imparcial para formular o diagnóstico correto de uma paciente”, afirmou Antônio de Pádua.
Os trabalhos desenvolvidos na Clínica de Psicologia da UNAMA, por meio do Plantão Psicológico, foram explicitados na conferência sobre “Saúde mental Vs. O ambiente”. A professora Elizabeth Levy falou sobre a atuação de professores na rede de atendimento da clínica universitária. “A sociedade pode ser caracterizada como narcisista, onde não temos mais identidade, mas sim perfil. Nada substitui a relação e o afeto, por isso é importante proporcionar o poder escutar o próximo”, disse a professora. As congressistas Thais Granado e Arina Lebrego também estiveram na mesa.
Gênero
“Gênero e saúde coletiva” foi o tema da quarta mesa de debate que reuniu Danielli Mello, Amanda Pantoja e Alessandra Bastos. O corpo sendo evidenciado pela perspectiva do sofrimento foi um dos argumentos levantados por Amanda Pantoja. “As visões de corpo de são diferentes entre o gênero. A mulher tem como foco o emagrecimento e o homem pretende ficar mais forte. A imagem de um corpo magro evidenciado pela mídia, por exemplo, são um dos fatores de difícil diagnóstico da anorexia”, alertou.
Os novos desafios da educação física no cenário da oncologia, com a professora Rute Estanislava; A nutrição no acompanhamento de crianças em tratamento quimioterápico, com Victor da Cruz; A inserção do DIU pelo profissional de enfermagem, com Joyce Ventura; os fatores influentes e perspectivas de tratamento da infertilidade na mulher-endometre, com Bruno Sequeira fecharam as palestras dos auditórios pela manhã. A sala Marajó recebeu as conferências sobre doenças infectoparasitárias, com Ana Cecília dos Santos, James Ferreira e Ana Cecília Ribeiro; Aspectos da imunologia e estudos sobre microbactérias com as conferencistas Tinara Souza e Ismari Perini e O atual panorama da sífilis, com Fernando Miranda encerrarem os debates.
O Congresso Multidisciplinar de Saúde segue programação no turno da tarde, a partir das 14h, nos auditórios do Hangar - Centro de Convenções.
Comentários