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Alimentação descomplicada para crianças com Síndrome de Down

Especialista da UNAMA dá dicas para uma boa relação entre alimentos e crianças com esta condição genética
Assessoria de Comunicação Por: 23/03/2022 - 15:11
por Wesley Costa
 
Manter uma alimentação saudável e equilibrada desde os primeiros anos de vida é essencial para o crescimento e fortalecimento de qualquer criança. Porém, quando falamos dos pequenos com Síndrome de Down, é preciso dar uma atenção ainda maior. Especialistas reforçam que, devido aos vários fatores característicos de quem possui a condição genética, diversas causas podem contribuir para as restrições alimentares.    
 
A pesquisadora em alimentação infantil da UNAMA - Universidade da Amazônia, Lorena Falcão, explica que é importante ficar atento às diferentes fases. Na infância, o leite materno continua sendo o alimento ideal para bebês, com ou sem Síndrome de Down, até o sexto mês de vida. “A amamentação não corresponde somente ao aspecto de oferta de nutrientes e hidratação, mas, também, de desenvolvimento emocional e articulação da face como a parte oral e mastigação, que, no futuro, será desencadeada com o acesso a alimentação de frutas, legumes, verduras, cereais, feijões, etc”, disse a professora.    
 
Algumas restrições alimentares em crianças com Síndrome de Down podem ser de fatores orgânicos ou comportamentais. “O primeiro é de sintoma clínico, manifestado pelo contato com determinado alimento, texturas e formas de preparo”, pontua. Na questão comportamental, as restrições podem se desencadear em um amplo contexto. “Forçar a criança a comer, manter horários confusos, locais com barulhos e não demonstrar exemplos também são fatores para a criança criar um comportamento autorrestritivo”, explica.  
 
Confira algumas dicas da especialista da UNAMA para ajudar a manter uma boa relação das crianças com Síndrome de Down com os alimentos:  
 
1- Interação - Uma das formas de evitar o desenvolvimento de restrições comportamentais é interagir de várias formas com a criança. Olhar no olho durante as refeições, falar com verdade e utilizar frases motivacionais ajudam bastante nesse momento;
 
2- Servir de exemplo - No cotidiano e no que se refere a alimentação, servir como modelo faz toda diferença. É necessária uma fala comum para que as crianças absorvam esse exemplo de ingerir alimentos saudáveis, sem precisar forçar o consumo de forma invasiva;
 
3 – Envolvimento familiar - Outro ponto importante é trabalhar em cadeia, ou seja, em família. Às vezes, alguns membros da família se isolam e deixam de participar dos momentos de refeições. Esse contato é essencial, tanto para o desenvolvimento dos laços familiares, quanto na questão alimentar;
 
4 – Colocar a mão na massa - Outra dica é manter a participação da criança na cozinha e na seleção dos alimentos. Levar a criança para preparar a própria comida desperta uma certa curiosidade, trabalha a coordenação e estreita os laços com os tipos de alimentos;
 
5 – Experenciar - Por fim, uma boa forma de trabalhar a relação com os alimentos é tentar mostrar a origem de cada um deles. Nesses casos, vale até o desenvolvimento de uma pequena atividade de cultivo de horta em casa. Isso também vai demonstrar responsabilidade com a vida, com os outros e consigo mesmo.
 

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