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4 espécies da Amazônia que você provavelmente não conhece

De peixe que dá choque a sapo transparente: conheça 4 espécies inusitadas, no dia em que se comemora a importância da maior floresta tropical do mundo
Rebeca Ângelis Por: 05/09/2018 - 10:26 - Atualizado em: 10/09/2018 - 09:29
De peixe que dá choque a sapo transparente: conheça 4 espécies inusitadas da Amazônia/Reprodução/Youtube
De peixe que dá choque a sapo transparente: conheça 4 espécies inusitadas da Amazônia/Reprodução/Youtube

Um ecossistema autossustentável, diverso e único. Assim podemos definir a Amazônia, que representa mais da metade das florestas tropicais remanescentes no planeta e compreende a maior biodiversidade de floresta tropical no mundo. É um dos seis grandes biomas brasileiros.

São florestas inundadas, matas de terra firme, igapós, várzeas, campos abertos e cerrados que abrigam uma infinidade de espécies, como 1,5 milhão de vegetais catalogados. Seu tamanho a transforma em um “lar”  para cerca de três mil espécies de peixes, 950 tipos de pássaros, além de milhões de outros animais, como insetos, répteis, anfíbios e mamíferos.

No meio dessa variedade, também existem espécies que nem todo mundo conhece. São essas que sobrevivem ao desmatamento e que (também) lutam para não entrar em extinção. Com aparências e características um tanto peculiares, quase nunca são apresentadas a todo mundo. Pensando nisso, separamos uma lista com quatro desses animais que também são importantes e que merecem destaque, sobretudo, nesta quarta-feira (5), Dia da Amazônia. Confira!

1- Urutau

Dominante da arte de se camuflar, é uma ave que possui hábitos noturnos, não faz ninhos e gosta de caçar insetos em pleno voo, ao entardecer. Se destaca por ter um canto longo, com finos assobios e gritos guturais, fator que assusta durante a noite, gerando até algumas lendas sobre sua aparição.

A ave versátil tem maior predominância na Amazônia, mas também pode ser encontrada, desde o México até o Sul do Brasil. Atualmente, o país abriga cinco espécies conhecidas de urutaus e outras duas novas estão em processo de descrição científica, com análise de uma delas na própria Amazônia.

2-Sapo de vidro

Translúcidos, os sapos da família centrolenidae ganham esse apelido por ser essa peculiaridade como principal característica. É um anfíbio que tem o corpo totalmente transparente, que nos permite ver até os órgãos internos, incluindo o bombeamento de seu coração. Essa espécie peculiar foi descoberta por pesquisadores, em 2002.

É tão transparente, que assume a tonalidade da vegetação ao redor para se esconder de predadores. Tem um costume de sair à noite e se alimenta principalmente de insetos.

3- Mata-mata

Seria um dinossauro? Não, não se engane. Embora lembre uma espécie pré-histórica, o mata-mata é um quelônio (classe de réptil) que se destaca pela forma peculiar de seu casco, com pontas afiadas e carapaça cheia de ondulações. De acordo com pesquisas realizadas no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), esta é uma espécie muito rara e pode ser vista no Bosque da Ciência do Instituto, em Manaus.

O matamatá ou mata-mata, é uma espécie de cágado de água doce que habita rios lentos, lagos calmos, pântanos e brejos. Seu habitat compreende o norte da Bolívia, leste do Peru, Equador, leste da Colômbia, Venezuela, as Guianas e o norte e centro do Brasil.

4- Poraquê

Conhecido também como peixe elétrico, o poraquê (Electrophorus electricus)  é uma das conhecidas espécies de peixes, com capacidade de geração elétrica que varia de cerca de trezentos volts a cerca de 0,5 ampères, até cerca de 1 500 volts a cerca de três ampères. Na certa, é um choque daqueles!

O termo que lhe deu nome "poraquê" vem da língua tupi e significa "o que faz dormir" ou "o que entorpece", em referência às descargas elétricas que produz, sendo capaz de matar até mesmo um cavalo. Além deste nome, também é chamado de enguia, enguia-elétrica, muçum-de-orelha, pixundé, pixundu ou peixe-elétrico.

Costuma escolher como habitat a Bacia amazônica (rios Amazonas, Orinoco, Madeira), bem como dos rios do estado brasileiro do Mato Grosso, Rondônia, além de quase toda a América do Sul. Outro fato curioso dessa espécie é que a maior parte desta energia expressiva é canalizada para o ambiente. As adaptações especiais em seu corpo, também permitem que esteja sempre isolado de sua própria descarga.

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